Somos um planeta com 8 bilhões de pessoas que professam 10 mil religiões diferentes, ou seitas, a maioria delas derivadas de quatro matrizes: cristã, islâmica, hinduísta e budista. Chegamos ao final de 2023, com pelos menos oito grandes guerras, além de dezenas de conflitos armados. Muitas dessas rebeliões têm origem em questões religiosas que atravessam países e continentes!
Na semana que celebramos o Combate à Intolerância Religiosa, paramos para refletir sobre a necessidade de ter uma lei para lembrar da importância de exercitar a tolerância e o respeito pelas diferentes maneiras de pensar e sentir das pessoas. Se é fundamental o respeito que devemos uns aos outros, também sabemos da importância de ensinar certo sobre as leis espirituais que regem o cosmos. Acrescentamos ainda uma outra pergunta instigante: há necessidade de alguém nesse planeta seguir uma determinada religião para estar “perto de Deus”?
Considerando que as piores guerras e conflitos que a humanidade já enfrentou tiveram motivos religiosos, com facções dogmáticas matando em nome de Deus, percebemos o quanto a humanidade ainda está atrasada em relação ao conhecimento e ao entendimento das chaves iniciáticas fundamentais entregues ao longo dos últimos duzentos mil anos pelos grandes iniciados, cristos e profetas.
Jesus que há dois mil anos não veio fundar nenhuma religião mas ensinar uma doutrina prática, baseada no comportamento fraterno e decente em sociedade que ele deixou ao viver integralmente os Dez Mandamento, foi bem compreendido?
A palavra religião deriva do latim “religare”, ou seja, religar-se, reconectar-se à Deus no templo interior. As antigas iniciações sempre ensinaram o “Vós sois deuses”. Se esses conhecimentos tivessem permanecido no planeta, por meio de uma verdadeira educação espiritual, todos saberiam que são centelhas emanadas do próprio Deus com todas as Virtudes divinas em estado latente para desabrochar ao longo das vidas. Aprenderiam a se conectar com o Sagrado Princípio na intimidade, não necessitando de instituições ou seitas formais para que essa conexão seja feita! Deus está no íntimo de tudo e de todos e podemos acessá-Lo, de maneira individual, em qualquer momento e local!
Muito diferente do que as religiões formais ensinam ao colocar Deus longe dos seus filhos, antropomórfico, num céu exterior!
Osvaldo Polidoro ensina que a “verdadeira religião é o cultivo da Moral, do Amor, da Revelação, da Sabedoria e da Virtude”, e que “A Lei de Deus não recomenda religião nenhuma e que podemos reconhecer aquele que cultiva a religião por este sinal: ele procura estar com os deveres sociais em dia, com o bem-fazer em dia, com a vontade de aprender sempre em dia, reconhecendo que o mundinho em que vive não foi feito por ele ou por seus irmãos terrícolas ou não, sábios ou não, crentes ou não; ele pensará sério no chão sobre o qual pisa, no Sol que envia calor e energias e no ar que respira, como não sendo propriedades suas de caráter individual; ele enfim, viverá colocado na sua justa posição, como derivante do Pai Único e participante com os seus irmãos do Universo Infinito, da Infinita Criação, apenas isso.”
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SAIBA MAIS no item “Capítulos Condensados” do livro Evangelho Eterno e Orações Prodigiosas.