Há 167 anos, surgia o espiritismo no mundo. Com o lançamento de “O Livro dos Espíritos”, Allan Kardec, pseudônimo adotado pelo pedagogo francês Hippolyte Léon Denizard Rivail revelou mais uma vez ao mundo a existência do mundo espiritual e a possiblidade de conversar com os espíritos. Kardec criou a palavra espiritismo, um neologismo para definir “uma doutrina que tem por princípios as relações do mundo material com os espíritos ou seres do munido invisível”.
Em homenagem à publicação dessa obra, é celebrado anualmente, no dia 18 de abril, o Dia Mundial do Espiritismo. Por ser o Brasil o país onde a doutrina espírita mais se difundiu – representando 2% da população estimada pelo IBGE no censo de 2010 — o governo federal sancionou, em 31 de maio de 2022, uma lei que instituiu o Dia Nacional do Espiritismo, que passou a ser celebrado anualmente também na mesma data.
Livro dos Espíritos: obra precursora da doutrina espírita
O Livro dos Espíritos foi a primeira obra da codificação espírita a apresentar os princípios do Espiritismo. Aborda a existência do Deus como Inteligência Suprema, causa primária de todas as coisas. Esclarece também sobre a imortalidade da alma, a natureza dos espíritos e suas relações com os homens, as leis morais, a vida presente e futura, lei de causa e efeito, o porvir da humanidade e a pluralidade dos mundos.
Uma nota explicativa desse livro, diz que “a investigação rigorosamente racional e científica de fatos que revelavam a comunicação dos homens com os espíritos, realizada por Allan Kardec, resultou na estruturação da Doutrina Espírita, sistematizada sob os aspectos científico, filosófico e religioso.”
Kardec desencarnou aos 64 anos deixando uma coleção de cinco obras básicas chamada de Pentateuco Espírita, além de outros livros e revistas.
A volta de Kardec como Osvaldo Polidoro
Espíritos superiores informaram a Kardec que ele voltaria, num novo corpo para terminar a sua obra. Esse anúncio foi previsto em Obras Póstumas, publicado após o seu desencarne, em 1890. Em “observação” a esses avisos espirituais, escreveu Kardec: “Calculo que a minha volta deverá ser para o fim deste século ou para o começo do outro”.
Em 5 de junho de 1910, Allan Kardec reencarnou com o nome de Osvaldo Polidoro, na cidade de São Paulo. Como Kardec não pôde escrever sobre o Livro dos Atos, as Epístolas e o Apocalipse, pois custaria dizer verdades que o tempo não comportava. Nesta vida, Polidoro escreveu exaustivamente sobre esses textos. Trata-se da parte máxima da obra de Jesus, ocorrida logo após o seu desencarne, com a generalização do mediunismo juntamente com a prática da Lei que ele viveu, tornando-se Modelo inconfundível de Comportamento!
Mediunismo truncado: 2000 anos de atraso espiritual!
Lembramos que os fenômenos mediúnicos sempre estiveram na base de todas as grandes revelações no planeta. Com Jesus atingiu o esplendor da generalziação e com Kardec houve retorno ao cultivo mediúnico. Isso em função da igreja romana ter instituído, no século IV, a inquisição e matado, por séculos, os profetas ou médiuns, chamando as suas práticas de “coisas do diabo”.
Sobre a corrupção doutrinária, Heráclito Carneiro, diz no prefacio de “A Bíblia dos Espíritas”, de Osvaldo Polidoro, que “ele (o Espiritismo) reporá nos seus devidos lugares o culto do amor, da moral, do saber, da revelação, que vem sendo sistematicamente sabotado no decurso de milênios, principalmente do ano 325 para cá, quando o clericalismo católico, de mãos dadas com o poder temporal, começou a imperar no mundo, em função do bolso e do estômago”.
Para evitar corrupções doutrinárias, Polidoro lembra da importância de não dogmatizar sobre as verdades reveladas desde os mais remotos tempos. “Moisés afirmou que viria um outro para continuar a obra informativa. O Cristo afirmou que muito tinha a dizer, e não disse, porque os contemporâneos não podiam compreender. Na Codificação está afirmado que suas verdades representam as primeiras palavras, de uma sabedoria que ninguém sabe quando será dita a última palavra. A Kardec foi afirmado que não completaria a obra restauradora, devendo voltar. Portanto, evitem os falsos pudores e as manias de donos da VERDADE QUE LIVRA, porque o AMAI-VOS UNS AOS OUTROS jamais endossará farisaísmos quaisquer.”
Cumprimento de promessa apocalíptica: entrega do Evangelho Eterno
Além de restaurar o verdadeiro cristianismo, Polidoro cumpriu também uma profecia anunciada no Apocalipse, capítulo 14, que foi a entrega do Evangelho Eterno e Orações Prodigiosas. Essa obra única traz a complementação definitiva ao Espiritismo com o nome de Divinismo ou Divino Monismo, a Chave Iniciática Total!
Nesse livro, Polidoro destaca a necessidade de buscar o que é fundamental em termos doutrinários, evitando ficar restrito a homens e livros. “Um ESPIRITISMO ESSENCIAL vem agindo, desde que a Humanidade terrestre se vem desenvolvendo mentalmente; embora, formalmente, faça parte dos “ismos”, que enxameiam a História da Humanidade, em ESSÊNCIA ele é acima de tudo isso. E muito infeliz será, em qualquer tempo e lugar, aquele que blasfemar contra o Sagrado Ministério da Revelação, porque será réu do JUÍZO ABSOLUTO, a fim de pagar até o último ceitil. O CÓDIGO IMORTAL testemunha o ESPIRITISMO ESSENCIAL e vice-versa”.
Saiba mais nos livros Evangelho Eterno e Orações Prodigiosas e A Bíblia dos Espíritas, de Osvaldo Polidoro e O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec.
