Dia de Buda: inspiração para um mundo mais tolerante!

Numa lua cheia de maio, Sidarta Gautama, o Buda, nasceu, alcançou a iluminação e ascendeu. Para reverenciar o nascimento do mestre budista e seus ensinamentos, todos os anos, no dia 17 de maio, ocorre a celebração do Vesak ou “Dia da Lua Cheia  de Buda”. Trata-se da comemoração mais sagrada para milhões de budistas e hindus em todo o mundo.

Em 1999, a Assembleia Geral da ONU reconheceu o Dia de Vesak, como uma importante contribuição do budismo para promover o entendimento, tolerância e compaixão entre todos os povos.

 

Budismo ensina práticas virtuosas para superar o sofrimento

Sidarta Gautama, que nasceu há mais de dois mil anos na Índia, sintetizou a doutrina búdica fundamentada em atitudes virtuosas para a superação das ilusões e  sofrimentos. Ele, no entanto, não fundou o Budismo. Essa doutrina teve  origem nos  trinta e quatro Budas anteriores, cuja linhagem se perde na contagem dos milênios.

 

Buda é uma palavra em sânscrito que significa “o Iluminado” ou “o Desperto”. Representa um grau de evolução e não um nome próprio. No decorrer dos milênios, mestres budistas trouxeram uma doutrina que pode ser sintetizada na seguinte frase: “Aquele que me queira adorar, que faça através de obras meritórias, que venha pelo seu irmão, que se faça amorável e sábio.”

 

Sidarta nasceu numa família rica e teve uma vida repleta de luxo. Quando jovem, ao sair do castelo e se deparar com pessoas em sofrimento, foi tomado por um sentimento de compaixão pela humanidade. Assim, abandonou a vida de riquezas  e passou a buscar respostas por meio de práticas de meditação, em profunda conexão com Deus!

 

Somente o “Caminho do Meio” conduz à iluminação

Despois de longo ascetismo, ele entendeu que o caminho da libertação não estava nos excessos. Nenhum fio muito esticado ou muito frouxo pode produzir uma linda melodia! Sidarta compreendeu, então, que a importância está em alcançar um ponto de equilíbrio. Vem daí a expressão “caminho do meio” para a evolução espiritual, um dos pilares do Budismo.

 

Dessa forma, Sidarta estabeleceu as Quatro Nobres Verdades que são a essência da doutrina búdica. Essas verdades tratam do sofrimento, da origem do sofrimento, da cessação do sofrimento e do caminho que leva à cessão do sofrimento batizado de Caminho Óctuplo ou Caminho do Meio.

 

Essa nobre trilha, que é uma versão anterior dos Dez Mandamentos, ensina  oito passos para a libertação dos sofrimentos: a compreensão, o pensamento, a fala, a ação, o meio de vida, o esforço, a atenção e a concentração, todos praticados de forma reta.

 

O budismo prega desprendimento material e o melhor comportamento social

No livro O Mensageiro de Kassapa, o autor Osvaldo Polidoro explica, num trecho, sobre a doutrina budista: “conceberam mal sobre temas da Verdade, mas foram tremendamente grandes ao reconhecer a melhor das verdades libertadoras – aquela que não manda oferecer bugigangas a Deus a pretexto de atos de fé”.

 

A filosofia budista está centrada no culto do desprendimento material e no melhor trato social. “Quem não sabe ser decente para com seu irmão, que se não exima da resposabilidade por meio  de atitudes hipócritas, pois as malícias multiplicam os erros ao invés de os justificar ou eliminar”, emenda Polidoro no livro.

 

Há milhares de anos, a Sabedoria Hinduísta, representada nos ensinamentos  entregues pelos Budas, Viasa Veda e Crisna, todos eles dotados de faculdades mediunicas, foram propagadas do oriente para o ocidente.

No caso do budismo, sabemos da importância de associar às práticas  ao conhecimento das leis divinas. A autoridade espiritual provém do saber e da paz.

 

Atingir o “nirvana”: libertação do ciclo das reencarnações

Lembramos que cada encarnação constitui uma oportunidade para desabrochar o Deus Interno ou as latentes virtudes divinas para atingir uma finalidade suprema, o Estado de Uno com o Princípio, conhecido no budismo como nirvana.

 

Isso só poderá acontecer  ao longo de uma extensa trajetória evolutiva com sujeições a altos e baixos, triunfos e quedas, enfrentando necessidades e ansiedades. Nâo pode ser realizado numa única encarnação, por meio apenas da meditação em recintos fechados, longe da civilização.

 

Como toda a religião ou filosofia, o budismo teve representação em vários mestres, genuinamente iluminados, praticantes do reto pensar e do reto agir, em relação a si mesmos, ao próximo e ao Sagrado Principio. Que possamos imitar esses verdadeiros mestres. Feliz Dia da Iluminação!

 

Saiba mais nos livros Evangelho Eterno e Orações Prodigiosas, O Mensageiro de Kassapa e A Bíblia dos Espíritas, de Osvaldo Polidoro