Há exatos 81 anos o Brasil reconhecia, pela primeira vez, o 19 de abril, como “Dia do Índio”. Na época, influenciado pelo Marechal Cândido Rondon, Getúlio Vargas emitiu um decreto-lei que estabelecia a data comemorativa. Em 2023, foi transformada em “Dia dos Povos Indígenas”, reafirmando a diversidade das mais de 300 etnias que vivem no Brasil hoje.
Os indígenas compõem um grupo reconhecido como descendentes dos povos que habitavam o Brasil antes da descoberta pelos portugueses no século XV. O país contava, na época, com uma população entre cinco e sete milhões de índios. O censo realizado em 2022, no entanto, constatou a existência de apenas 1,6 milhão de indígenas. Esse total representa 0,83% da população brasileira.
Entre os povos indígenas mais representativos no Brasil, destacamos os Terena, Guarani, Guajajara, Kaiowa, e Ianomâni que sofrem com as constantes invasões em suas terras demarcadas e riscos de genocídio.
Organização dos trabalhos espirituais: atuação eficiente por escalões
Espiritualmente, os índios exercem importante função junto às legiões de espíritos trabalhadores para fins específicos. De acordo com Osvaldo Polidoro, “o trabalho socorrista espiritual é muito mais vasto do que pensam e sabem os encarnados; e como não há anarquia nem promiscuidade no mundo espiritual, o mecanismo socorrista revela o desdobramento das chefias e subchefias.”
Os índios trabalham no escalão comandado por Bezerra de Menezes, chefe dos Serviços Médicos com atuação nos reinos espirituais mais próximos da crosta e também junto aos encarnados. Sob sua chefia movimentam legiões de pretos velhos, índios, hindus e caboclos, liderados pelos seus respectivos imediatos.
Índios usam as forças da natureza para trabalhos de limpeza espiritual
Os índios fazem uso de sua cultura, medicina e sabedoria milenares para atuar no auxílio, proteção e socorro espirituais conforme o merecimento daquele que necessita de ajuda, perante a Lei de Causa e Efeito. Juntamente com os pretos velhos, hindus e caboclos colaboram também nos trabalhos de limpeza energética e espiritual, na retirada de aderências negativas dos ambientes e também no encaminhamento de espíritos sofredores ou malévolos.
No livro Evangelho Eterno e Orações Prodigiosas, o autor Osvaldo Polidoro, detalha na Oração dos Pretos Velhos, o trabalho das Legiões de Índios, afirmando: “que as Legiões de Índios, simples, espontâneas e valorosas, sempre maravilhosamente ligadas a natureza exuberante, possam agir sob a direção benévola e rigorosa dos altos mentores da vida planetária. Lutando pelo progresso no seio do amor, que tenham de Deus as graças devidas.”
Por intermédio de Jesus, o mediunismo foi generalizado, ou seja, a comunicabilidade dos Anjos ou Espíritos Mensageiro passou a ocorrer de forma mais ostensiva, cumprindo dar testemunhos da Lei de Deus!
A cultura indígena exercita o contato com o mundo espiritual
Na cultura indígena o contato com o mundo dos espíritos é uma prática normal. “A pajelança existe precisamente para fazer a mediação entre o mundo sobrenatural e o mundo natural”, explica a aluna Rita Elissângela Pereira da Silva, numa monografia de conclusão de curso apresentada no Centro Universitário Inta, em Sobral no Ceará. O objetivo dela foi entender a espiritualidade do povo indígena potiguara da aldeia Vila Nova situada no munícipio Monsenhor Tabosa, no interior do Ceará.
Também exercitam as suas mediunidades. “Na aldeia, várias pessoas realizam ritos, mais específicos referentes à vidência e outros tipos de mediunidade para desenvolverem seu papel no plano espiritual quando lhe é permitido”, diz Rita. Há aqueles que invocam os espíritos, outros que incorporam espontaneamente e ainda existem os que se comunicam por meio de sonhos e visões. Segundo ela, é possível ver na aldeia crianças com determinados dons espirituais, vendo e conversando com seres do mundo espiritual.
Na conclusão desse estudo, ela ressalta: “a mediunidade existe em cada um e independentemente da religião ou crença, porém precisa ser desenvolvida”.
E Polidoro reforça: “Ninguém, nenhum filho de Deus, é sem uma virtude mediúnica, seja ela qual for, conhecida e catalogada, ou não…Nenhum espírito, encarnado ou desencarnado, é maior do que a Lei de Deus e do que o Cristo Divino Molde. Valem como Instituições Divinas Inderrogáveis!”
Saiba mais no livro Evangelho Eterno e Orações Prodigiosas e no capítulo Africanos, Pretos Velhos, Índios, Caboclos etc nos Textos Divinos V, de Osvaldo Polidoro e na monografia Espiritualidade do povo indígena potiguara da Aldeia Vila Nova no seguinte link:
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