A grande certeza que temos na vida é que um dia vamos partir. Falar sobre a morte, no entanto, ainda é um tabu! Desde os primórdios da civilização, a morte e o luto assustam! Para proporcionar uma reflexão maior sobre o tema, foi estabelecido 19 de junho como o Dia Nacional do Luto!
Como lidamos com o medo da morte?
A ideia da morte sempre despertou inquietações e ansiedades nos homens. Ao longo das eras, foram criados ritos, teorias e estratégias para assegurar o cuidado aos mortos.
Estudos arqueológicos e antropológicos demonstraram que o homem da espécie neandertal já se preocupava em proteger e enterrar aqueles que morriam. Segundo o antropólogo francês Edgar Morin, não há registro de grupamento pré-histórico que abandonasse seus mortos sem algum tipo de rito.
No Egito, as pirâmides foram construídas para sepultar faraós e reis com seus pertences para garantir o bem-estar deles no além-vida. Já os hindus cremavam os corpos e dispersavam as cinzas nas águas para “a reintegração em Brahma”.
Havia ainda, na Antiguidade, as “cartas de consolação” das escolas filosóficas, que ofereciam conselhos sobre como lidar com a perda e o luto. Numa carta escrita por Sêneca, em 40 d.C., endereçada à filha de um proeminente historiador da época pela morte de seu filho, o filósofo aconselha essa mãe a transformar a tristeza profunda em lembranças felizes, guardando na memória os bons momentos que compartilharam juntos.
O conhecimento das leis espirituais diminui a dor do luto!
Sabemos que as angústias e temores sobre a morte seriam minimizados se todos tivessem conhecimento das Verdades Divinas. O entendimento das leis que regem o Cosmos como o Movimento, a Evolução, a Reencarnação, a Imortalidade e a Revelação permitem vivenciar a separação dos entes queridos de maneira muito menos dolorosa.
O Movimento, por exemplo, é uma Lei Divina presente no macro e no microcosmo. Do átomo aos planetas e galáxias, trata-se de uma lei que impulsiona no sentido do crescimento e evolução. Nos mundos material e espiritual age demonstrando a transitoriedade das formas. Tudo rumando no sentido da reintegração ao Sagrado Princípio!
Outra Lei a ser estudada é da Evolução. Permite que os espíritos emanados de Deus avancem no processo de desabrochamento das virtudes divinas que têm em estado latente. Esse processo de crescimento interior, ocorre ao longo de milhares de anos, por meio de sucessivas encarnações.
A alma é imortal e tem responsabilidades morais!
Em Deus e Suas Manifestações nada morre! Fundamental é ter o conhecimento e a certeza da imortalidade do espírito para que cada um possa lidar com a perspectiva do próprio desencarne e dos seus entes queridos, de uma maneira mais reconfortante.
Osvaldo Polidoro no livro O Novo Testamento do Espíritas observa que “somente nos mundos inferiores é que se fala sobre a IMORTALIDADE. A morte não existe essencialmente, é apenas mutação de forma. De tudo, espírito ou matéria, sobrará sempre a essência, por mais que a forma possa mudar ao infinito. Deus não sofre solução de continuidade em Seus Santos Desígnios.”
Outro fato irremediável é que ninguém fugirá da responsabilidade do seu comportamento durante a encarnação. Como “deuses em fazimento” somos Juízes em Causa Própria. Portanto, conforme as obras praticadas, cada um acarretará para si, luzes e glórias ou pranto e sofrimento após a desencarnação.
O mediunismo proporciona consolo entre encarnados e desencarnados
A lei da Revelação, por sua vez, possibilita a comunicação entre os diferentes planos da vida. Do mundo espiritual procede informações que advertem no sentido de demonstrar que, ao desencarnar, iremos receber segundo nosso merecimento. Também oferece ilustrações ao revelar o funcionamento da parte astral do planeta e consola ao provar a imortalidade do espírito e continuidade da vida. Na Bíblia dos Espíritas Polidoro destaca que “Jesus retornaria como espírito, para testemunhar a imortalidade e a comunicabilidade dos espíritos, e em seguida lavrar o glorioso tento que foi o Pentecostes, como se encontra perfeitamente exposto no capítulo dois dos Atos.”
Devemos ter a consciência de que tudo está em processo de transformação. Cada existência é uma oportunidade concedida por Deus para viver a vida de forma ética e fraterna, pautada nos Dez Mandamentos e no Divino Exemplo de Comportamento de Jesus. Trata-se de um grande preparo, em obras, para desencarnarmos moralmente bem!
Saiba mais nos capítulos Síntese da Sabedoria Hinduísta e Para Evitar Desilusões Maiores do livro Evangelho Eterno e Orações Prodigiosas, A Bíblia dos Espíritas e O Novo Testamento dos Espíritas, de Osvaldo Polidoro.
